De João para cá... De João em João... De João para sempre... Deus de João... Desde João... De João para o que nunca se ouviu... De João do compasso... De João aos pés de ouvidos... De João batida de frente com o coração... De João de Samba... De João não se esquece... De João irmão do violão... De João por África, Bahia e Copacabana e Ipanema e Poço Fundo... De João da minha terra... De João todo mundo bole... De João mão-de-obra em concerto... De João dialeto e sotaque... De João bonito e dissonante... De João para lá... De João no New York Times... De João baiano mais novo baiano muito mais novo baiano... De João na encruzilhada que ninguém bateu tambor... De João máximo do divino mínimo... De João no pecado sem vexame de mídiadilha... De João muito mais carnaval... De João parafuso a mais no giro da roda de samba. João antropossamba... Desce mais uma aí o DJ...
23 de julho de 2011
Editorial
De João para cá... De João em João... De João para sempre... Deus de João... Desde João... De João para o que nunca se ouviu... De João do compasso... De João aos pés de ouvidos... De João batida de frente com o coração... De João de Samba... De João não se esquece... De João irmão do violão... De João por África, Bahia e Copacabana e Ipanema e Poço Fundo... De João da minha terra... De João todo mundo bole... De João mão-de-obra em concerto... De João dialeto e sotaque... De João bonito e dissonante... De João para lá... De João no New York Times... De João baiano mais novo baiano muito mais novo baiano... De João na encruzilhada que ninguém bateu tambor... De João máximo do divino mínimo... De João no pecado sem vexame de mídiadilha... De João muito mais carnaval... De João parafuso a mais no giro da roda de samba. João antropossamba... Desce mais uma aí o DJ...
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Música - João Gilberto, 80 Anos
Reza a lenda, que após passar um período isolado para estudos, reflexões e redefinições, especialmente uma notória temporada em Diamantina, João Gilberto apareceu com a batida da bossa nova que maravilhou o mundo.
Em seu livro sobre a bossa nova, Ruy Castro diz que Chega de Saudade, a canção que deu início ao movimento a partir de sua gravação, primeiro com Elizeth Cardoso, depois com o próprio João, foi composta por Tom Jobim em seu sítio no Poço Fundo, aqui em São José do Vale do Rio Preto.
Reza uma outra lenda, que a música foi apresentada a João Gilberto num período de duas semanas que ele passou aqui, no sítio de Tom, burilando ainda mais a nova batida. Não à toa, muitos gostam de considerar São José como o berço da bossa. O resto é história...
João Gilberto e Bebel Gilberto - Chega de Saudade (Tom Jobim/Vinícius de Morais)
"Chega de Saudade havia sido composta por Jobim como um chorinho. Pois João Gilberto o transformou num samba enxuto, no qual o violão deixa de ser um mero acompanhante para dividir o primeiro plano com a voz. A letra é interpretada como quem fala, de modo íntimo. A melodia (de fundamento europeu) se amalgama à harmonia (com inspiração do jazz americano) e ao ritmo (que vem da África e se condensa no samba) para dar origem a outra coisa: um som que é uma arte."
Texto: Mário Sérgio Conti, AQUI
Desafinado (Tom Jobim/Newton Mendonça)
Tom Jobim e João Gilberto - Garota de Ipanema (Tom Jobim/ Newton Mendonça)
Wave (Tom Jobim)
Tom Jobim, João Gilberto e Luis Bonfá - trecho do filme italiano Copacabana Palace -
Canção do Mar (Luis Bonfá/Maria Toledo)
Saiba Mais sobre João Gilberto e a Bossa Nova, AQUI, AQUI , AQUI, AQUI, e AQUI.
Em seu livro sobre a bossa nova, Ruy Castro diz que Chega de Saudade, a canção que deu início ao movimento a partir de sua gravação, primeiro com Elizeth Cardoso, depois com o próprio João, foi composta por Tom Jobim em seu sítio no Poço Fundo, aqui em São José do Vale do Rio Preto.
Reza uma outra lenda, que a música foi apresentada a João Gilberto num período de duas semanas que ele passou aqui, no sítio de Tom, burilando ainda mais a nova batida. Não à toa, muitos gostam de considerar São José como o berço da bossa. O resto é história...
João Gilberto e Bebel Gilberto - Chega de Saudade (Tom Jobim/Vinícius de Morais)
"Chega de Saudade havia sido composta por Jobim como um chorinho. Pois João Gilberto o transformou num samba enxuto, no qual o violão deixa de ser um mero acompanhante para dividir o primeiro plano com a voz. A letra é interpretada como quem fala, de modo íntimo. A melodia (de fundamento europeu) se amalgama à harmonia (com inspiração do jazz americano) e ao ritmo (que vem da África e se condensa no samba) para dar origem a outra coisa: um som que é uma arte."
Texto: Mário Sérgio Conti, AQUI
Desafinado (Tom Jobim/Newton Mendonça)
Tom Jobim e João Gilberto - Garota de Ipanema (Tom Jobim/ Newton Mendonça)
Wave (Tom Jobim)
Tom Jobim, João Gilberto e Luis Bonfá - trecho do filme italiano Copacabana Palace -
Canção do Mar (Luis Bonfá/Maria Toledo)
Saiba Mais sobre João Gilberto e a Bossa Nova, AQUI, AQUI , AQUI, AQUI, e AQUI.
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Roda de Choro na Calçada da Cultura
Teve início no último dia 05 de junho a Roda de Choro da Calçada da Cultura. Realizada no espaço do CineClube Humberto Mauro, a roda contou com a participação de professores e alunos da escola de música da Calçada, Magno, Bruno, William, Gabriel, Juvenil e Magro Nei. A ideia é seguir com as apresentações domingo sim, domingo não, por volta de 09:30 da manhã, no CineClube Humberto Mauro, na Estação. Outro ponto importante é a distrubuição de mudas de árvores nativas que estão sendo distribuidas gratuitamente todos os domingos na Estação e que está ajudando no reflorestamentop de nosso município.
As próximas rodas confirmadas se realizarão nos dias 31 de julho e 14 e 28 de agosto. A Calçada convida todos a comparecer e prestigiar nossos músicos locais e passar uma manhã agradável ao som do melhor do chorinho nacional. Para acompanhar os eventos promovidos pela Calçada da Cultura, siga-nos no Twitter, Facebook e Orkut.
1ª Roda de Choro da Calçada da Cultura
Brejeiro (Ernesto Nazareth)
As próximas rodas confirmadas se realizarão nos dias 31 de julho e 14 e 28 de agosto. A Calçada convida todos a comparecer e prestigiar nossos músicos locais e passar uma manhã agradável ao som do melhor do chorinho nacional. Para acompanhar os eventos promovidos pela Calçada da Cultura, siga-nos no Twitter, Facebook e Orkut.
1ª Roda de Choro da Calçada da Cultura
Brejeiro (Ernesto Nazareth)
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Conselheiro Brás Mandou Ver - Mostra Zé do Caixão
Com o término da Mostra Cinema e Cangaço, o CineClube Humberto Mauro já está programando uma outra, dessa vez abordando um gênero que não teve muitos cultores no cinema nacional, o horror, mas que revelou um de seus maiores mestres: José Mojica Marins. Autodidata, primitivo, possuidor de uma imaginação delirante, Mojica angariou com seus filmes inúmeros fãs no Brasil e no exterior, principalmente com seu mais famoso personagem, Zé do Caixão - ou Coffin Joe, para os americanos. A mostra trará os quatro principais filmes com o personagem, que apareceu pela primeira vez em 1963, no filme "À Meia-Noite Levarei Sua Alma" e só veio a ter sua saga concluída em 2008 com "A Encarnação do Demônio". O cinema de Mojica foi objeto de diversos artigos, teses, livros e filmes. Dois deles estão a seguir.
"Maldito - O Estranho Mundo de José Mojica Marins", foi dirigido por Ivan Finotti e André Barcinski, que já haviam feito uma biografia homônima. Entre cenas de arquivo, trechos de filme, depoimentos e até cenas consideradas perdidas, o filme traça um painel do autor e de sua famosa criatura e acabou sendo premiado no festival de cinema de Sundance, nos Estados Unidos. Abaixo, a primeira parte e o link para ver o restante.
Assista ao restante do filme AQUI
"O Universo de Mojica Marins" é um média metragem realizado por Ivan Cardoso, um dos maiores discípulos do mestre, realizador de filmes como "As Sete Vampiras" e "O Segredo da Múmia". O filme alterna trechos das principais obras de Mojica com depoimentos em que ele procura passar sua visão de mundo e do cinema. Selecionamos a segunda parte, e abaixo estão os dois links para o restante.
Assista às partes um e três desse filme, AQUI e AQUI
Para Saber Mais Sobre o Filme, clique AQUI
Para Ler uma Entrevista do discípulo com o mestre, clique AQUI
Mostra Zé do Caixão:
03/08 - À Meia Noite Levarei Sua Alma
06/08 - Esta Noite Encarnarei No Teu Cadáver
10/08 - O Despertar da Besta
13/08 - A Encarnação do Demônio
Acompanhe a Programação do CineClube Humberto Mauro, AQUI
Site Oficial de José Mojica Marins, AQUI
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Artes Plásticas - Alfredo Volpi
Nascido na Itália, Alfredo Volpi imigra com os pais para o Brasil quando tinha um ano e meio. Começou pintando murais decorativos em 1911, de forma autodidata. Nos anos 30, passa a fazer parte do Grupo Santa Helena. A denominação do grupo, e a inserção de Volpi nele, é oriunda mais de uma proximidade física dos pintores (que pintavam em uma sala do Edifício Santa Helena) e da sua origem comum do que de uma identificação estética. Volpi destoava do grupo especialmente por não ser um pintor conservador.
Para Saber Mais Sobre a Obra de Alfredo Volpi, clique AQUI, AQUI e AQUI
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Quadrinhos - Níquel Náusea
Níquel Náusea é a maior criação do quadrinista Fernando Gonsales, paulista nascido em 03 de fevereiro de 1961. Da mesma geração que explodiu nas HQs nacionais nos anos 80 (Laerte, Glauco, Angeli...), Fernando Gonsales apareceu ao vencer um concurso da Folha de São Paulo em 1985, onde vem desde então publicando suas tiras. Formado em veterinária e biologia, acaba usando muitas informações científicas na sua produção, que originou personagens como Rato Router, a baratinha Fliti, Vostradeis e tantos outros.
Para Saber Mais Sobre Fernando Gonsales e sua obra, clique AQUI e AQUI
Para Ver Uma Entrevista no Youtube com ele, clique AQUI
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+ João Gilberto
"Quando foi lançado, no primeiro trimestre de 1959, o LP Chega de Saudade de João Gilberto provocou a mais completa reviravolta na história da música popular brasileira. João, que faz 80 anos dia 10 de junho, já era o que havia de mais espantoso com dois discos singles (de 78 rotações) gravados no ano anterior. As quatro novas canções haviam virado a cabeça de jovens inclinados, mas ainda não decididos, a seguir a carreira de músico. Eram Chega de Saudade, Bim Bom, Desafinado e Ho-ba-la-lá, e entre os jovens estavam Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento, Edu Lobo, Francis Hime e outros mais que formariam a nata de compositores. A música de João os fez determinados. Nessas gravações, os dogmas de uma nova forma de canção brasileira estavam explícitos em elementos fundamentais, o ritmo, a harmonia, a batida de violão e a maneira de cantar."
Texto: Zuza Homem de Mello, AQUI
Chega de Saudade (Tom Jobim/Vinícius de Morais)
Bim Bom (João Gilberto)
Desafinado (Tom Jobim/Newton Mendonça)
Ho-ba-la-lá (João Gilberto)
Texto: Zuza Homem de Mello, AQUI
Chega de Saudade (Tom Jobim/Vinícius de Morais)
Bim Bom (João Gilberto)
Desafinado (Tom Jobim/Newton Mendonça)
Ho-ba-la-lá (João Gilberto)
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Fotografia Com Célia - Inauguração do CineClube Humberto Mauro
No dia 08 de Abril de 2011, a Calçada da Cultura inaugurou o CineClube Humberto Mauro. Depois de termos sido contemplados pelo Projeto Cine Mais Cultura, do governo federal, que disponibiliza equipamentos e filmes para projetos culturais por todo o Brasil, contamos com o apoio da Prefeitura Municipal de São José do Vale do Rio Preto, através da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, que nos cedeu o espaço para que o cinema pudesse funcionar.
Acompanhe a programação do CineClube Humberto Mauro, AQUI
E siga-nos nas redes sociais: Twitter, Facebook e Orkut.
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Poesia - Carlos Drummond de Andrade
Mundo Grande
Não, meu coração não é maior que o mundo.
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
Por isso me dispo.
Por isso me grito,
por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:
preciso de todos.
Sim, meu coração é muito pequeno.
Só agora vejo que nele não cabem os homens.
Os homens estão cá fora, estão na rua.
A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava.
Mas também a rua não cabe todos os homens.
A rua é menor que o mundo.
O mundo é grande.
Tu sabes como é grande o mundo.
Conheces os navios que levam petróleo e livros, carne e algodão.
Viste as diferentes cores dos homens.
as diferentes dores dos homens.
sabes como é difícil sofrer tudo isso, amontoar tudo isso
num só peito de homem... sem que ele estale.
Fecha os olhos e esquece.
Escuta a água nos vidros,
tão calma. Não anuncia nada.
Entretanto escorre nas mãos,
tão calma! vai’ inundando tudo...
Renascerão as cidades submersas?
Os homens submersos — voltarão?
Meu coração não sabe.
Estúpido, ridículo e frágil é meu coração.
Só agora descubro
como é triste ignorar certas coisas.
(Na solidão de indivíduo
desaprendi a linguagem
com que homens se comunicam.)
Outrora escutei os anjos,
as sonatas, os poemas, as confissões patéticas.
Nunca escutei voz de gente.
Em verdade sou muito pobre.
Outrora viajei
países imaginários, fáceis de habitar.
ilhas sem problemas, não obstante exaustivas e convocando ao suicídio
Meus amigos foram às ilhas.
Ilhas perdem o homem.
Entretanto alguns se salvaram e
trouxeram a notícia
de que o mundo, o grande mundo está crescendo todos os dias,
entre o fogo e o amor.
Então, meu coração também pode crescer.
Entre o amor e o fogo,
entre a vida e o fogo,
meu coração cresce dez metros e explode.
— Ó vida futura! nós te criaremos.
Para mais poesia de Drummond, clique AQUI, AQUI, AQUI, AQUI, e AQUI
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Antenado no Mundo com VJ Marcelo - Fela Kuti
Fela Kuti - Power Show
Fela Kuti - V.I.P.
Fela Kuti - Cross Examination
Site Oficial de Fela Kuti, AQUI
Para Saber Mais Sobre Fela Kuti, clique AQUI, AQUI e AQUI
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++ João Gilberto
"Quando se pergunta a João Gilberto por que não compõe mais, sua explicação é singela e generosa: 'Mas há tanta coisa bonita a ser consertada!'. Ele prefere o trabalho modesto de polir a beleza que já existe a satisfazer o seu "eu" autoral. É um trabalho árduo. Em 1971, num show que fez na TV Tupi, ele interpretou Largo da Lapa, de Wilson Batista e Marino Pinto. A interpretação é maravilhosa. Mas ele acha que o encaixe entre a primeira e a segunda estrofes ainda não está bom. Por isso, quase quarenta anos depois, ainda não há registro em disco."
"Ele recompõe músicas tradicionais e contemporâneas. Trabalha com tudo, de sambas a boleros. Em português, inglês, italiano ou francês. Subtrai notas, altera o andamento, introduz silêncios, junta versos e muda as letras. O que resulta é algo bem distante do original. João Gilberto retira os andaimes da música-matriz para torná-la mais direta, objetiva e clara."
Texto: Mário Sérgio Conti, AQUI
Estate (Bruno Martino)
Pra Que Discutir Com Madame ( Haroldo Barbosa/Janet de Almeida)
Aos Pés da Santa Cruz (Marino Pinto/Zé da Zilda)
O Samba da Minha Terra (Dorival Caymmi)
"Ele recompõe músicas tradicionais e contemporâneas. Trabalha com tudo, de sambas a boleros. Em português, inglês, italiano ou francês. Subtrai notas, altera o andamento, introduz silêncios, junta versos e muda as letras. O que resulta é algo bem distante do original. João Gilberto retira os andaimes da música-matriz para torná-la mais direta, objetiva e clara."
Texto: Mário Sérgio Conti, AQUI
Estate (Bruno Martino)
Pra Que Discutir Com Madame ( Haroldo Barbosa/Janet de Almeida)
Aos Pés da Santa Cruz (Marino Pinto/Zé da Zilda)
O Samba da Minha Terra (Dorival Caymmi)
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+ Alfredo Volpi
"Eu não falo, eu pinto”
"Esta era a única frase que Alfredo Volpi proferia quando lhe pediam para falar sobre seu trabalho. Num processo de constante evolução, Volpi vai passando de uma pintura singela e figurativa, para uma arte geométrica e construtiva. Atento ao mundo em que vivia, Volpi percebe a chegada e a onipresença da abstração nas exposições de arte nos meados do século XX, e, em meio às pesquisas da época onde as correntes geométricas ganham força, o artista passa a pintar bandeirinhas. Sua pintura não só dialoga com os movimentos construtivistas de sua época, como produz inovações, apesar das muitas pesquisas formais do construtivismo, a forma das bandeirinhas ainda era inédita na pintura abstrata. Uma arte de vanguarda que as pessoas comuns entendem, uma vez que as bandeirinhas são o principal “enfeite”das festas populares brasileiras, uma visualidade das periferias, das expressões genuínas do povo. Mas não só: a forma das bandeiras tem uma geometria complexa, quadrado somado a dois triângulos, em construções que acabam por se tornar um signo de identidade de sua obra. Além disso, a técnica que passa a empregar, em substituição à tinta à óleo, é a têmpera à base de ovo. Uma tinta ancestral, e portanto em diálogo com os primeiros pintores do pré-renascimento italiano. Daí sua grandeza, daí sua pureza, daí sua originalidade, daí a não necessidade de falar."
Texto: Evandro Carlos Nicolau, AQUI
Para Saber Mais Sobre a Obra de Alfredo Volpi, clique AQUI, AQUI e AQUI
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+ Níquel Náusea
Para Saber Mais Sobre Fernando Gonsales e sua obra, clique AQUI e AQUI
Para Ver Uma Entrevista no Youtube com ele, clique AQUI
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+ Fela Kuti
"Fela Anikulapo Kuti é o equivalente africano de Che Guevara e Bob Marley ao mesmo tempo, gênio da raça, líder pacifista e voz do povo. Papa do afrobeat, trouxe os milenares ritmos africanos para a era elétrica, fundindo-os com a força bruta do jazz, funk e rhythm’n'blues. Com seu front musical, entrava em transes percussivos acompanhados de cavalgadas de baixos elétricos, guitarras em profusão, um coro feminino em primeiro plano e uma enxurrada de instrumentos de sopro, com o sax de Kuti em primeiríssimo plano. Com mais de uma centena de discos com sua participação (álbuns costumeiramente divididos em quatro blocos de quinze minutos, que tornavam-se horas ao vivo), Fela criou uma obra tão vasta quanto densa, de valor inestimável e de fácil aceitação. Mas como a África, Fela Kuti é deixado de lado da história mundial, como um gigante incompreensível, uma floresta fechada onde nenhum homem jamais esteve."
por Alexandre Matias, AQUI
Fela Kuti - Don't Gag Me
Fela Kuti - Ao Vivo em Glastonbury (1984)
Fela Kuti - A Música é a Arma
Veja as outras partes desse documentário AQUI
Site Oficial de Fela Kuti, AQUI
Para Saber Mais Sobre Fela Kuti, clique AQUI, AQUI e AQUI
por Alexandre Matias, AQUI
Fela Kuti - Don't Gag Me
Fela Kuti - Ao Vivo em Glastonbury (1984)
Fela Kuti - A Música é a Arma
Veja as outras partes desse documentário AQUI
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+++ João Gilberto
Antes de estourar com os primeiros compactos e LPs, João Gilberto fez uma participação no disco de Elizeth Cardoso, "Canção do Amor Demais", de 1958.
Elizeth Cardoso - Chega de Saudade (Tom Jobim/Vinícius de Morais)
"A capa do disco não diz, o selo também não – mas o violão que se ouve logo na primeira faixa do lado A é de um rapaz tido, naquele ano de 1958, como muito promissor: João Gilberto. Canção do Amor Demais é citado em todos os registros sobre a música popular brasileira como um marco fundamental. Como um desses raros e básicos divisores de águas. Mas ele não é ainda o lançamento oficial da bossa nova. Não. Este LP é, antes, uma espécie de último ensaio geral antes do grande salto que seria a bossa nova. Poucos meses depois do ensaio geral que é este Canção do Amor Demais é que Tom, Vinícius e João lançariam oficialmente a bossa nova, no primeiro LP de João, de março de 1959, Chega de Saudade. A música “Chega de Saudade” (Tom-Vinícius), aliás, é justamente a primeira faixa do LP de Elizeth Cardoso. E lá está, pela primeira vez em um disco que fez sucesso, a batida de violão diferente, personalíssima, que seria um dos símbolos do novo movimento. Lá está, por exemplo, a mesma flauta que abriria a faixa gravada pelo próprio João, meses mais tarde."
Elizeth Cardoso - Outra Vez (Tom Jobim/Vinícius de Morais)
"Mas não são exatamente os mesmos arranjos que Tom criaria para o disco de João. Estes – aí, sim, já a bossa nova em sua forma plena – seriam mais simples, mais despojados de traços grandiloqüentes, como as grandes entradas de cordas presente no disco de Elizete. Neste Canção do Amor Demais, conforme observou o maestro Júlio Medaglia, no seu Balanço da Bossa Nova, publicado no Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo em 1966, “o acompanhamento e a orquestração eram em geral sinfônicos e com instrumentação carregada. Note-se que o próprio Jobim, que orquestraria o disco de João alguns meses mais tarde, teria uma atitude completamente diferente ao trabalhar ao lado do ‘baiano bossa- nova’, evitando as soluções ‘melacrinianas’ de ‘mil violinos’ e ‘glissandos’ de harpas, recurso tão comumente empregados pelos orquestradores de rotina”."
Texto de Sérgio Vaz, AQUI
Elizeth Cardoso e João Gilberto - Eu Não Existo Sem Você (Tom Jobim/Vinícius de Morais)
Elizeth Cardoso - Chega de Saudade (Tom Jobim/Vinícius de Morais)
"A capa do disco não diz, o selo também não – mas o violão que se ouve logo na primeira faixa do lado A é de um rapaz tido, naquele ano de 1958, como muito promissor: João Gilberto. Canção do Amor Demais é citado em todos os registros sobre a música popular brasileira como um marco fundamental. Como um desses raros e básicos divisores de águas. Mas ele não é ainda o lançamento oficial da bossa nova. Não. Este LP é, antes, uma espécie de último ensaio geral antes do grande salto que seria a bossa nova. Poucos meses depois do ensaio geral que é este Canção do Amor Demais é que Tom, Vinícius e João lançariam oficialmente a bossa nova, no primeiro LP de João, de março de 1959, Chega de Saudade. A música “Chega de Saudade” (Tom-Vinícius), aliás, é justamente a primeira faixa do LP de Elizeth Cardoso. E lá está, pela primeira vez em um disco que fez sucesso, a batida de violão diferente, personalíssima, que seria um dos símbolos do novo movimento. Lá está, por exemplo, a mesma flauta que abriria a faixa gravada pelo próprio João, meses mais tarde."
Elizeth Cardoso - Outra Vez (Tom Jobim/Vinícius de Morais)
"Mas não são exatamente os mesmos arranjos que Tom criaria para o disco de João. Estes – aí, sim, já a bossa nova em sua forma plena – seriam mais simples, mais despojados de traços grandiloqüentes, como as grandes entradas de cordas presente no disco de Elizete. Neste Canção do Amor Demais, conforme observou o maestro Júlio Medaglia, no seu Balanço da Bossa Nova, publicado no Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo em 1966, “o acompanhamento e a orquestração eram em geral sinfônicos e com instrumentação carregada. Note-se que o próprio Jobim, que orquestraria o disco de João alguns meses mais tarde, teria uma atitude completamente diferente ao trabalhar ao lado do ‘baiano bossa- nova’, evitando as soluções ‘melacrinianas’ de ‘mil violinos’ e ‘glissandos’ de harpas, recurso tão comumente empregados pelos orquestradores de rotina”."
Texto de Sérgio Vaz, AQUI
Elizeth Cardoso e João Gilberto - Eu Não Existo Sem Você (Tom Jobim/Vinícius de Morais)
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++ Alfredo Volpi
"Acho Volpi um dos nossos grandes coloristas. (...) Acho que Volpi chega a uma síntese incrível nos portais e nas festas de São João. Sua pincelada, ao contrário, tem uma forte vibração. Nos trabalhos iniciais, sua cor era mais chapada. Mas, no final de sua vida, ao pintar aquelas superfícies que parecem bandeiras mas que já são enormes abstrações, dando cores extremamente vibrantes e mudando a direção do pincel para conseguir uma certa vibração, parece que a cor está viva ali. Acho aquilo tão sutil e tão rico, é pura luz! O fantástico é que, apesar da economia, ele chega ao cerne da expressão, à essência da qualidade. Poucos artistas fizeram isso. Van Gogh o fez quando pintava o céu com uma pincelada e os corvos com outra. Volpi o realizou sem nunca ter ouvido falar em Van Gogh."
Lygia Pape, AQUI
Para Saber Mais Sobre a Obra de Alfredo Volpi, clique AQUI, AQUI e AQUI
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