9 de novembro de 2012

A Megera Domada


Comédia de Shakespeare nas ruas de 
São José do Vale do Rio Preto

          O Governo do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Cultura apresentam o espetáculo A Megera Domada, do Grupo Teatrama, no dia 16 de Novembro, às 20h30, na Praça Rubens Faraco. 
Integrando a programação da 5ª edição do Circuito Estadual das Artes, a peça conta a divertida e complicada história do amor entre a indomável Catarina e o rude Petrucchio. A encenação dá uma nova roupagem ao clássico shakespeariano utilizando-se de elementos da cultura pop, músicas inéditas e referências regionais. 

          Contemplado com o Prêmio Funarte Artes Cênicas na Rua 2010 e selecionado para a 4ª edição do Circuito, o espetáculo já se apresentou por outros 10 municípios do Estado do Rio de Janeiro, sendo assistido por aproximadamente 5 mil pessoas.

          Além da apresentação, o grupo oferecerá também um Workshop de Maquiagem Teatral, realizado de 16h às 19h, no Ponto de Cultura. A atividade é gratuita. Para mais informações acesse: www.teatrama.com.br


25 de abril de 2012

Editorial


          Do branco é que se descola arco-íris, esquecimento, alucinações, miscigenação, preto e branco, paz, tudo conforme o contexto e de repente o texto que por hora corre solto nesta página virtual quieta e branca. De outro ateliê tudo explode colorido em telas sob formas e temas da brasilidade explosiva do artista que assina Di Branco. Todo brasileirinho merece vir Di Branco. Toda escola de a,b,c, arte, técnica, especial, superior, idiomas, samba, carece de vir Di Branco. Todo centro cultural, casa de cultura, museu, galeria, feira, painel, esquina, inhotim, gugenheim, moma, mis, mac, mam, espera por vir Di Branco. Todo jornal, revista, telejornal, blog, site, mural, anúncio, propaganda, verbo, conversa, exposição, panfleto, reportagem, enredo, pauta, canção popular, há de expressar Di Branco. As pessoas e São francisco de Assis sabem da necessidade e de não se poder passar o bloco, a banda, a folia, a vida, sem apreciar e celebrar e abraçar a obra de Di Branco. Alô, alô, Ipanema... Alô, alô, Maricá... Alô, alô, Estação... Alô, alô, Belém do Pará... Alô, alô, Ilhéus... Alô, alô, Brasil... O pote de cores que cada manhã encerra tem sabores e curvas que o mundo espera, guardadinho e esperançoso, de encontrar Di Branco. Mas por obra de carnavalizar bem guardado na memória, temos bem registrado, desfiles e quartas-feiras de cinzas em cavalo e foliões pintados, a rebordosa e se segura malandro no bloco "enverga mas não quebra". Di Branco sabe da sua importância para todos nós em festa pela vida e quadros pelas paredes e sambas de breque. De agorinha mesmo e purinha e peixe frito e Di Cavalcanti, nós daremos as cores que pudermos para melhorar o que cada um pode e deve por respeito e amizade à influência do artista que mandou pinceladas fortes em nossas vidas.

Artes Plásticas: Di Branco



          Jaquesson Carlos Uchoa Castelo Branco, mais conhecido como Di Branco -  natural de Belém do Pará, chegou ao Rio de Janeiro por volta de 1956. Pintor autodidata, foi várias vezes agraciado com prêmios em diversas exposições, concursos e gincanas. Conquistou o primeiro em 1968, no Salão Júlio Roller de Petrópolis. No Salão Nacional de Belas Artes ( MEC ) recebeu medalha de bronze, e medalha de ouro em Volta Redonda e Maricá. Além disso, já recebeu de aquisição do Salão do Clube Militar e realizou exposições individuais no Canecas Decoração, Rio de Janeiro, Na Galeria do Barravento, em Ilhéus, e no Clube Sírio e Libanês, entre diversos outros lugares do Brasil e Exterior. Atualmente Di Branco vive em Maricá, onde tem seu Atelier como refúgio e local de inspiração. O mesmo funciona com exposição aberta ao público diariamente. Um artista completo, que além de suas pinturas e criações diversas, Possuidor de uma criatividade única, um pesquisador (como gosta de dizer) transforma tudo que vê em arte! Além das Artes Plásticas,  Di Branco também se dedica a música, tendo mais de 100 composições, possui um CD Independete gravado e algumas músicas gravadas por cantores profissionais.
Texto original, AQUI











Saiba Mais Sobre Di Branco, AQUI e AQUI

Projeto social voluntário comemora um ano em área rural


                                                                       Por Jaqueline Deister (texto) e 
                                                                              Dilliany Justino (fotos)


Biblioteca em área rural leva cultura, literatura e transformação social para a cidade de São José do Vale do Rio Preto. Foi com muita dança do ventre, contação de história, pirotecnia e Tai Chi Chuan que o projeto Novos Horizontes comemorou no sábado, dia 14, um ano de existência na comunidade rural de Morro Grande.

O evento contou com a participação de aproximadamente 90 pessoas que passaram pelo pátio da Capela de Santana para prestigiar as oficinas, apresentações de dança, pirotecnia e sorteio de 35 brindes entre livros e cds para a comunidade.

A harmonia e equilíbrio do Tai Chi Chuan abriu a mostra cultural. A oficina, destinada a 20 crianças, foi ministrada pelo instrutor Rafael Motta. A garotada aproveitou a aula que mostrou um pouco da arte marcial chinesa para perguntar sobre o campeonato de artes marciais mistas, UFC,  que tanto tem se popularizado pela TV aberta. Rafael buscou também trazer para quem estava participando da oficina os benefícios do Tai Chi.

“Procurei trabalhar o controle motor, a concentração, a lateralidade e principalmente a importância de se respeitar um ao outro”, comentou o instrutor. 



As atividades para as crianças não pararam por ai. A psicóloga e arte-terapeuta, Janaina Carvalho, conduziu uma oficina de contação de história africana, repleta de magia e originalidade sobre o valor de se preservar uma história. A interação com tambores, figuras místicas e com a tradicional brincadeira de cama de gato transportou a criançada para o universo do conto infantil.  Para Janaina, o interesse e o envolvimento das crianças com a oficina trouxe a sensação de missão cumprida. 




A segunda parte do evento foi dedicada aos adultos e despertou olhares de curiosos que se depararam pela primeira vez com a sensualidade dos movimentos de quadris e as ondulações abdominais da dança do ventre. O choque cultural foi positivo e gerou o interesse das mulheres presentes que foram pedir para as professoras Cíntia Mohani e Janaina Carvalho ensinarem alguns passos após a apresentação. 
 
A dança do ventre conquistou todos quem estavam presentes. O produtor rural Darcy da Costa Silva disse que foi a primeira vez que participou da mostra cultural da Biblioteca Novos Horizontes, o agricultor aprovou o evento. 

“Falta tempo para eu ir a Biblioteca, mas sempre incentivo meus filhos a pegarem livros. O evento é importante, pois temos a chance de conhecer novidades. Eu, por exemplo, nunca tinha visto dança do ventre e pirotecnia,” ressaltou o produtor rural.



O aniversário do projeto Novos Horizontes terminou valorizando a cultura local. Um show de forró com músicos da comunidade fechou o evento que teve o apoio e participação da comunidade, que colaborou com a decoração, os lanches e a limpeza do local da festa.

A biblioteca comunitária Novos Horizontes possui em seu acervo mais de 4 mil livros e é uma iniciativa sem fins lucrativos coordenada pelos recém formados Michel Cabral e Rodolpho Branco, que pretende levar educação e cultura para a comunidade rural de Morro Grande. 


Para saber mais sobre o projeto acesse a página Biblioteca Comunitária Novos Horizontes no facebook e conheça mais sobre esta iniciativa que tem feito a diferença na cidade

Conselheiro Brás Mandou Ver: Lira Santa Cecília - 65 Anos de História


          Nessa edição trazemos uma produção realizada pelo Núcleo de Audiovisual da Calçada da Cultura. Trata-se de um documentário sobre uma das mais longevos patrimônios culturais de São José do Vale do Rio Preto, a Sociedade Musical Lira de Santa Cecília. Fundada há 65 anos, a Lira, como é carinhosamente chamada, vem desde então na luta pela preservação da tradição das bandas de música no município, formando músicos e se apresentando nas festas religiosas e datas cívicas, além de levar o nome de São José nas apresentações que faz fora da cidade. O documentário foi gravado e editado por Douglas Teixeira de Abreu, Claudio Carvalho e Marcos A. Cruz Silva e é dedicado ao músico José da Costa Carvalho, um dos mais antigos pilares da Lira e que morreu um pouco antes da finalização do projeto.


Lira Santa Cecília - 65 Anos de História



          Aproveitando a deixa do trabalho sobre a Lira Santa Cecília, o CineClube Humberto Mauro realizará o ciclo "Aruanda: Mostra de Cinema Documentário", que se dará entre os dias 25 de abril e 19 de maio. O  nome Aruanda é uma homenagem ao cineasta Linduarte Noronha, recém falecido, e que dirigiu o filme de mesmo nome, considerado um dos grandes clássicos de nosso cinema e um dos primeiros trabalhos do Cinema Novo. Aruanda será exibido no programa Clássicos e Modernos, junto com outros importantes curtas e o restante da mostra contará com a seguinte programação:

02/05 - Pacific
09/05 - Quebradeiras
19/05 - Serras da Desordem


          As sessões se dão nas quartas às 19h:30min e nos sábados às 19h:00  e são de entrada franca. O CineClube Humberto Mauro se localiza em frente à quadra poliesportiva da Estação, em São José do Vale do Rio Preto. Siga a programação, AQUI


Música: Banda de Coreto ou de Retreta

Banda Lira Santa Cecília participa de desfile de 7 de Setembro em
São José do Vale do Rio Preto - anos 60
          A banda de retreta, há muito tempo também conhecida simplesmente como banda de música, é uma das mais antigas e menos  estudadas instituições ligadas à criação e divulgação da música de cunho popular  no Brasil. Quase sempre abandonadas ou esquecidas, sobrevivem principalmente graças ao esforço e determinação de seus músicos e maestros.



          A banda de retreta brasileira surgiu no século XIX com a vinda de D. João VI para o Brasil. Antes disso, haviam os chamados ternos (grupos de madeiras, metais e percussão) e as bandas de barbeiros, que eram bandas formadas por ex-escravos que tocavam de ouvido. Com a decadência da economia de exploração do ouro, as bandas herdam o serviço musical religioso que antes era executado pelas orquestras. Assim, as bandas proliferaram e tornou-se comum, cada vila ter ou buscar a formação destes grupos musicais. A banda de música continua sendo uma importante fonte de música para a comunidade, servindo como importante veículo de cultura, entretenimento e funções sociais em eventos comemorativos e significativos, como festas cívicas e religiosas, saudações a autoridades ou pessoas ilustres e abertura de jogos esportivos. Nas cidades do interior, onde não existem conservatórios ou escolas de música, as bandas funcionam como centros formadores de músicos, sendo ainda responsáveis pela formação da maioria dos músicos das Bandas Militares e Orquestras Sinfônicas do país. É também importante meio de estímulo de composição e veiculação de obras de autores locais. Muitas dessas obras são dedicadas a pessoas da comunidade, parentes e amigos, ou relacionadas a eventos ou fatos importantes, contribuindo assim na preservação e reconstrução da história das comunidades.
Texto Original, AQUI

Lira Santa Cecília - Dobrado Wagner Borsato (Manoel Soares)


Banda São Sebastião - Corta-Jaca (Chiquinha Gonzaga) http://www.bandasaosebastiao.com/


Lira Santa Cecília - 

Bandinha Popular - Flor do Abacate (Álvaro Sandim)


Saiba Mais Sobre Bandas de Retreta ou de Coreto, AQUI, AQUI e AQUI
Ouça o programa da Rádio MEC, O Som das Bandas - Balançando o Coreto, AQUI

Millôr Fernandes - Humor


          Millôr não inventou a roda, mas mudou-a. Anterior a ele, o humor crítico da sociedade e da política era restrito aos grandes caricaturistas e chargistas, como Ângelo Agostini, Nássara e J. Carlos ou a sátiros como Barão de Itararé, Bastos Tigre e Juó Bananére. Millôr ampliou essa percepção, mostrando uma visão oblíqua do humor, conferindo-lhe um caráter multifacetado e mostrando que não há classificações ou subdivisões possíveis. O humor pode estar no traço, mas está também nas letras, no teatro, na poesia, no soneto, no aforismo, no haicai. Assim, o brilho do humorista Millôr se confundiu com o do dramaturgo, do jornalista, do cronista, do cartunista. E também do linguista. Com aforismos elípticos, jogos de palavras e trocadilhos surrealistas, sua desobediência sintática e semântica o permitiu brincar com as palavras e com as contradições da língua. Sem impor seu estilo como norma, passou por cima das normas do estilo, ignorando regras gramaticais e criando neologismos. Vem daí a sua auto-definição: “um escritor sem estilo“.

          Tudo o que foi feito de melhor no humor nos últimos cinquenta anos provavelmente é uma variável (ou resultante) de um conceito que passou pelas suas mãos, com maior ou menor grau de influência. A exemplo do que Machado de Assis é para a nossa literatura ou Heitor Villa Lobos é para a música brasileira, Millôr Fernandes é para o humor brasileiro: um cânone. Um dos maiores gênios de seu tempo, uma referência atemporal. E se, em vida, ele certamente negaria o título por uma questão moral, cabe aos que aqui ficaram reconhecê-lo como tal.
Texto de Diogo Sales, AQUI











Site oficial de Millôr Fernandes, AQUI
Saiba Mais Sobre Millôr Fernandes, AQUI e AQUI


Escola de Teatro da Calçada da Cultura e Teatro Tablado


       
          A Calçada da Cultura abre nova frente com a abertura de sua Escola de Teatro. Dirigido por Val Ribeiro, experiente militante das artes cênicas que já passou por diversos grupos teatrais da região, o núcleo teatral da Calçada já conta com um trunfo que é uma parceria com o Teatro Tablado, do Rio de Janeiro, uma das mais tradicionais e reconhecidas escolas de artes cênicas do Brasil. Dois alunos já passaram por uma pré-seleção e estão tendo aulas no Rio de Janeiro. Aqui, as inscrições já estão abertas e quem estiver interessado é só procurar a sede da Calçada da Cultura, na Estação, para se inscrever. As aulas se darão nas segundas-feiras, das 17:00 às 21:00, dividas em duas turmas.


Teatro Tablado


          Não se pode contar a história do Tablado sem especial menção à sua fundadora, Maria Clara Machado. Atriz, diretora e professora, Maria Clara Machado escreveu 28 peças infantis e 5 destinadas a adultos. Muitos de seus textos para crianças são considerados obras primas – Pluft, O Fantasminha, O Cavalinho Azul, A Menina e o Vento e A Bruxinha que era Boa, entre outros – e continuam sendo encenados com freqüência no Brasil e no exterior, já tendo sido traduzidos em oito idiomas.

Maria Clara Machado - Parte I



          Para se ter uma idéia da qualidade dos espetáculos apresentados no Tablado nesses últimos 57 anos, a primeira peça a ser encenada em 1951 foi O Moço Bom e Obediente, um Nô japonês, teve sua tradução feita por Cecília Meirelles. Foi esse o nível de tradutores: Arthur Azevedo, João Cabral de Mello Neto, Ferreira Gullar, e até Carlos Drummond de Andrade e sua filha Maria Julieta, entre outros. As trilhas sonoras sempre foram feitas por profissionais como: o maestro John Neschling, Francis Hime, Paulo Jobim e Carlos Lira. Diretores, não menos talentosos, além da própria Maria Clara Machado, como João Bethencourt, Jacqueline Laurence, Sergio Viotti, Ivan Albuquerque e Luiz Antonio Martinez Corrêa deixaram sua marca no Tablado.

Maria Clara Machado - Parte II



       
          Foram aproximadamente 125 espetáculos, e mais ou menos 6.000 representações nesse tempo. Como teatro amador mantém a característica de formador de talentos para o teatro profissional: Cláudia Abreu, Leonardo Brício, Malu Mader, Miguel Falabella, Bia Nunes, Cláudio Corrêa e Castro, Cacá Mourthé, Jorginho Carvalho, Rubens Corrêa, Germano Filho, Louise Cardoso, Sura Berditchevski, Wolf Maia e mais centenas de famosos passaram pelo Tablado. Os cursos até hoje se mantêm bastante cheios. Há uma grande procura de moças e rapazes de todo o Brasil que sonham em tornarem-se atores. Qualidade é a palavra de ordem do repertório das peças, dos diretores, professores, figurinistas, cenógrafos e toda uma equipe que, com amor e trabalho, marcaram O Tablado como centro de formador de talento e cultura da cidade do Rio de Janeiro.
Texto original do site oficial do Teatro Tablado, AQUI



"O Castigo do Santo", de Aldo Leite.
Com Ronny Dias e Jéssica Bittencourt em 
Mostra de Esquetes - Teatro Tablado, Prof. Lionel Fischer



Saiba Mais Sobre o Teatro Tablado, AQUI

VJ Marcelo Pelo Mundo - Eumir Deodato


          Dessa vez a seção é um pouco diferente. Ao invés de abordar algum artista ou gênero musical de algum ponto do planeta vamos embarcar um pouco na viagem de um brasileiro que saiu daqui nos anos 60 montado no cavalo da bossa nova e levou nossa música pros quatro cantos do mundo, colocando o tempero tupiniquim em álbuns dos mais diversos gêneros,. do jazz ao rock, do funk à música eletrônica. Eumir Deodato começou a aparecer nos conjuntos de samba-jazz dos anos 60 e logo passou a fazer os arranjos de discos de Wilson Simonal e Marecos Valle. Logo, a convite de Luis Bonfá, mudou-se pros Estados Unidos,  e passou a ser conhecido como grande arranjador, de início em discos de artistas brasileiros radicados nos EUA e mais tarde trabalhando com uma gama de artistas que vai de Frank Sinatra à Aretha Franklin, de Kool & the Gang à cantora islandesa Björk.
          Gravou também diversos álbuns próprios, sendo que conseguiu um grande sucesso internacional com a versão que fez para "Assim falou Zaratrusta", de Richard Strauss, primeira faixa de seu disco "Prelude", que atingiu a marca de cinco milhões de cópias vendidas. Participou, seja como músico, arranjador ou produtor, de mais de 450 álbuns, tendo ganhado por eles dezesseis discos de platina.

Eumir Deodato - Also Sprach Zarathustra (Richard Strauss)
Victor Biglione - guitarra, Pascoal Meirelles - bateria, Alex Malheiros - baixo
Orquestra Experimental de Repertório


Eumir Deodato Trio - Whistle Bump (Eumir Deodato)


Eumir Deodato Trio - Carly & Carole (Eumir Deodato)


Eumir Deodato Trio - Skyscrapers (Eumir Deodato)


Site Oficial de Eumir Deodato, AQUI
Saiba Mais Sobre Eumir Deodato, AQUI, AQUI e AQUI

Abaixo, um documentário sobre seu disco mais importante, Prelude (1972), que contém a famosa versão de Assim Falou Zaratrustra:

Fotografia Com Célia



          Nessa edição vamos publicar algumas fotos que ficaram faltando de eventos relativamente recentes da Calçada. da Cultura. Essas aqui são de dezembro de 2011, de quando o grande músico e compositor Moacyr Luz esteve fazendo um show junto com a rapaziada do Samba do Trabalhador na quadra da Estação.
















 
Abaixo, o vídeo que também estávamos devendo daquele dia, que foi especial para todos na Calçada e que acabou gerando o convite para os alunos da Escola de Música irem participar lá no Clube Renascença, em Vila Isabel, junto com o Samba do Trabalhador, o que gerou mais um dia inesquecível, onde foi homenageado o grande compositor Silas de Oliveira. Esse dia você pode ver no seguinte link: AQUI

Poesia: Águas de Março


É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o MatitaPereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando, é uma conta, é um conto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão,
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
pau, pedra, fim, caminho
resto, toco, pouco, sozinho
caco, vidro, vida, sol, noite, morte, laço, anzol
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração.




Antonio Carlos Jobim








+ Di Branco








Saiba Mais Sobre Di Branco, AQUI AQUI

+ Música: Banda de Coreto ou de Retreta - Dobrados


          A banda de música conta com um repertório  muito eclético: valsas, polcas, choros, tangos, maxixes, sambas e marchas entre outros gêneros. No entanto, o gênero preferido e mais profundamente identificado com o som das bandas é, sem dúvida, o dobrado. Nos arquivos das bandas, os dobrados predominam, o que, segundo Regis Duprat, justifica-se por ser o dobrado um gênero criado especificamente para ser tocado por esse grupo instrumental. A origem do dobrado remonta às músicas militares européias:  pasodoble ou marcha redobrada para os espanhóis; pas-redoublé para os franceses ou passo doppio para os italianos. Pasodoble é uma referência ao passo acelerado da infantaria. O dobrado geralmente aparece em andamento rápido e em compasso binário 2/4 ou, menos freqüentemente, 6/8.
Texto Original, AQUI

          O gênero dobrado teve sua origem no passo dobrado das marchas militares européias. Sendo executada em toda a vastidão do território nacional, a marcha, ou seja, o “passo dobrado” europeu, no transcorrer do século, ficou completamente exposto às influências dos vários outros gêneros musicais, que, por sua vez, já haviam sido  inoculados pelas diversidades musical, étnica e cultural das crescentes populações urbanas. Resultou, daí, a gradativa consolidação de uma marcha brasileira, que, sob a denominação genérica de dobrado, foi adquirindo e sedimentando características muito peculiares. E, na medida em que foi se distanciando dos modelos herdados do passo dobrado e das marchas européias, o dobrado foi se consolidando como a marcha nacional brasileira por excelência, de tal sorte que, a partir do último quartel dos anos 1800, o nosso dobrado já possuía características melódicas, harmônicas, formais e contrapontísticas que o distinguiam de outros gêneros musicais, permitindo assim a sua inclusão no rol dos gêneros musicais genuinamente brasileiros.
Texto de José Roberto Franco da Rocha, AQUI

Lira Santa Cecília - 


Banda São Sebastião - Dobrado Janjão (Joaquim Naegele) http://www.bandasaosebastiao.com/


Lira Santa Cecília - 

Banda Militar da Base Áerea de Brasília - Comandante Batista de Melo (Matias de Almeida)



Saiba Mais Sobre Bandas de Retreta ou de Coreto, AQUIAQUI AQUI
Ouça o programa da Rádio MEC, O Som das Bandas - Balançando o CoretoAQUI

+ Eumir Deodato

          Além de envenenar com o balanço da música brasileira a peça erudita de Richard Strauss (Assim Falou Zaratrusta), Eumir Deodato passeou por diversos gêneros, sempre deixando seu estilo impresso. Aqui, alguns temas em que Eumir Deodato entorta jazz, reggae, rock e funk:

Eumir Deodato - St. Louis Blues (W. C. Handy) & Super Strut (Eumir Deodato)


Eumir Deodato Trio - Rhapsody in Blue (George Gershwin)


Eumir Deodato Trio - Do It Again (Walter Becker/Donald Fagen)


Eumir Deodato - I Shot The Sherif  (Bob Marley)


Eumir Deodato - Funk Yourself  (Eumir Deodato)



Site Oficial de Eumir Deodato, AQUI
Saiba Mais Sobre Eumir Deodato, AQUIAQUI e AQUI


+ Fotos


          Já essas fotos são do aniversário de oito anos da Calçada da Cultura, em dezembro de 2011. Já virou tradição a feitura de um bolo que de alguma forma tenha a ver com a idade comemorada, ou no formato ou no tamanho, na quantidade de camadas. Dessa vez o grande confeiteiro Valtinho, da Padaria Rampini, preparou um bolo no formato de um oito e ao mesmo tempo simbolizando o símbolo do infinito, que é o tempo que o grupo da Calçada pretende ficar atazanando por aí. Aproveitando a ocasião, foi feito o re-batizado do personagem de nosso presidente Valdo Madeira, que já tinha sido feito, mas acabou perdido com a enchente.






+ Millôr Fernandes

           Com seus mais de 50 anos contínuos de produção, Milton Viola Fernandes, ou simplesmente Millôr Fernandes, tornou-se um ícone do humor brasileiro. Oriundo da geração que se sobressai nos anos 1950 em revistas como O Cruzeiro, o humor gráfico e literário de Millôr testemunha, com uma inteligência sempre afiada, as diversas mudanças culturais e políticas pelas quais passa o Brasil na segunda metade do século XX. Sua intensa verve humorística soube se expressar com maestria em diversos meios, tanto que Millôr é um dos poucos humoristas brasileiros que não se destaca apenas em uma área: ele é chargista, escritor, poeta, teatrólogo, tradutor, roteirista, compositor, editor etc.
Texto original, AQUI












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