2 de dezembro de 2011

Antropossamba, o Manifesto

         O Samba é para a humanidade porque a vida de graça é mais barato. Rosas, rosas, rosas... Cartola, Dorival Caymmi e Guimarães Rosa.
       Refresco, jogo-de-cintura e faxina no inconsciente coletivo da humanidade. 
       Na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro e na cidade de Havana as veredas... A humanidade em seu grande sertão.
       O aquecimento global é filho da indústria cultural que é mãe da pop art. Hollywood é pai da estética da brutalidade. Petrificado. Petrificando.
       O Ministério da Cultura é o Ministério do Cinema Nacional. O Samba é para a humanidade.
       A levada com sustentabilidade virá pelo Ministério do Samba de botar o planeta na rua.
       O Samba e a energia são comunitários, o Samba e a comunidade geram energia, a energia e a comunidade fraterna são crias do samba.
       Professorinhas não tem medo de Escola de Samba e a Capoeira está italiana aí mesmo, para provar que a ginga escora o por
a língua de Bum bum, pa ti cum bum, pro gurundum pela escola de a, b, c...
       A alegria de sapatear. Nada a ver com a tristeza é senhora da "malandragem" sino-paraguaia. Nada a ver com aquele modo de querer adoçante, água com açúcar, de pôr panos-quentes de secar atrás de geladeira, para esquentar o mau gosto. O Samba é em expansão e conserva naturalmente o batuque facho de luz.
       Sujeito homem objeto é o círculo penoso da indústria cultural e assim se empareda e pendura pensamento, a liberdade de pensar, de meninos e meninas tecnologia pura.
       Cintura quem dá é a Cultura. Cultura quem dá é a cintura.
       A jornada pop de lazer resgata a jornada de trabalho das fábricas da revolução industrial em sua exploração humana e produção em série.
       Martinho da Vila é sujeito estandarte.
       A indústria cultural veste standard e o Samba dá guarida sem guarda-roupa.
       O samba é a pele para se vestir a humanidade.
       Bondade nua, bondade nua.
       O círculo fechado da indústria cultural em linha reta, que derruba florestas, não tangencia as curvas que o Samba projeta com Oscar Niemeyer, Di Cavalcanti e Heitor dos Prazeres.
       O totem não torna ao tabu. Estamos degustando o outro Bispo, o do Rosário, que despencou da razão e reciclou nossas sandálias e os nossos sonhos e as nossas almas.
       Delegados pop star estão de plantão para conferir os sabonetes, os computadores, os automóveis, os estoques de informação alienante, que cada garoto propaganda coleciona em seus aposentos em apartamento com vaga na garagem e vida no subterrâneo.
       O impulso étnico de miscigenação e mistureba para a alma coletiva da humanidade quem pode criar dois por quatro é o Samba.
       América/ Império/ Calvino/ Lucro/ Estado/ Polícia/ Pop/ Preto e Branco e Porrada.
       Brasil/ Coletivo/ Gilberto Freyre/ Órfico/ Doador Universal/ Povo/ Sob as ordens de mamãe/ Bamba/ Cores e Cordialidade.
       Pela lábia. Com a lábia correndo solta.
       O ócio para que temos formação e informação, nós oferecemos pelo carro alegórico chefe do Samba.
       Noves, tantos quantos noves dentro, Oswald de Andrade, Lima Barreto, Machado de Assis, Pixinguinha, Euclydes da Cunha, Ismael Silva, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Elizeth Cardoso... Portela, Mangueira, Serrinha e Salgueiro, o matriarcado para ajudar a humanizar a humanidade.
       Coisinha tão bonitinha do Pai, do Filho e para o adianto do Espírito.
       Nonada. Batuque que ninguém ouviu é de contradição.


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