2 de dezembro de 2011

Música: Moacyr Luz




A gênese do samba, do fazer samba e sambar, comunga com o seu entorno, e, por conseguinte, o samba é muito diferente da cultura de massa que se aplica por hierarquia ao povo. O samba é da massa. O samba é do trabalhador. Moacyr Luz é como todos os trabalhadores do samba, que nos permitem asseverar esta equação, que o samba é um universo que não impõe distâncias aos seus interlocutores. Sambistas de compor, de cantar, de dançar, de gingar, estão caracterizados e vivem sob a mesma estrutura de realizar a cultura do povo. O povo protagoniza sem possibilidades hierárquicas pelas quais um elemento se sobreponha e exclua o outro. Zeca Pagodinho realça mas não é alça deste universo e canastra. Todos sambam na mesma pele e fantasia e configuração. Terreiros, ruas, praças... O samba é em expansão, porém, ai porém, não menoscabe ambientes fechados. O desfile é sua plataforma e expõe sua plasticidade em padrão estético que enfrenta e arrebenta com os padrões de comportamento e disciplina por governo da indústria cultural. Dela mesma que patrocina o vazio, imenso vazio, de ética, da ética necessária e imprescindível na realização dos processos culturais da raça humana. O samba é processo de vida de se viver e não apenas apreciar. Agentes da passiva são o sujeito abjeto e conquista da indústria cultural. Agentes combativos são o sujeito em expressão e vitória da vida por concerto em samba. Moacyr Luz realiza com expressão viva a natureza viva do homem pela opção e alma no samba. Nossa Cidade de São José do Vale do Rio Preto saúda a oportunidade de receber o samba de todos nós em presença, gestos, cantoria e versos de Moacyr Luz. 

Moacyr Luz - Saudades da Guanabara (Moacyr Luz/Aldir Blanc/P. C. Pinheiro)

Moacyr Luz - Zuela de Oxum  (Moacyr Luz/Martinho da Vila)

Moacyr Luz - Samba de Fato  (Moacyr Luz/Paulo César Pinheiro)



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